O transtorno do espectro autista (TEA), também conhecido como autismo, abrange uma variedade de condições relacionadas ao desenvolvimento do cérebro. Os sintomas incluem comprometimento no comportamento social, comunicação e linguagem, bem como um interesse restrito em atividades únicas e repetitivas. O TEA começa na infância e geralmente persiste na adolescência e idade adulta, sendo que a maioria dos casos apresenta sinais evidentes nos primeiros cinco anos de vida.
Estima-se que cerca de 1 em cada 100 crianças seja diagnosticada com autismo. Nas últimas três décadas, diversos estudos indicaram uma possível ligação entre a desregulação imunológica materna durante a gravidez e distúrbios do neurodesenvolvimento (NDD) em seus filhos, incluindo o autismo. Em particular, há evidências de que a exposição gestacional a autoanticorpos maternos que reagem de forma cruzada com proteínas específicas do cérebro fetal pode aumentar o risco de desenvolvimento do autismo. O autismo é uma condição permanente, mas os sintomas podem ser gerenciados com terapia, medicamentos e outras intervenções, dependendo das necessidades individuais de cada pessoa. Embora a causa exata do autismo ainda seja desconhecida, sabe-se que é uma combinação de fatores genéticos e ambientais.
Os pais e cuidadores desempenham um papel crucial no suporte às crianças autistas. Eles podem auxiliar na garantia do acesso a serviços de saúde, educação e outras oportunidades disponíveis para todas as crianças em suas comunidades e proporcionar um ambiente estimulante para o seu desenvolvimento. É essencial que os profissionais de saúde recebam treinamento sobre transtornos do espectro autista, para que possam valorizar a neurodiversidade e oferecer suporte adequado e eficaz. Reconhecer as preferências e necessidades individuais, promover a tomada de decisões informadas e a autonomia são aspectos importantes a serem considerados. A colaboração entre os setores de saúde, educação, emprego e assistência social também é fundamental.
Pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) frequentemente enfrentam estigmatização, discriminação e violações de direitos humanos em todo o mundo. Acesso inadequado a serviços e apoio é uma realidade global. É fundamental que intervenções específicas para as pessoas com TEA sejam acompanhadas por mudanças mais amplas nos ambientes físicos, sociais e atitudinais, com o objetivo de torná-los mais acessíveis e inclusivos. Com apoio adequado, as pessoas com autismo podem desenvolver suas habilidades e talentos únicos e viver vidas plenas e significativas.
REFERÊNCIAS
Transtorno do espectro autista – OPAS/OMS | Organização Pan-Americana da Saúde
Ramirez-Celis, A., Croen, LA, Yoshida, CK et al. Perfis de autoanticorpos maternos como biomarcadores para TEA e TEA com deficiência intelectual concomitante. Mol Psychiatry 27 , 3760–3767 (2022). https://doi.org/10.1038/s41380-022-01633-4
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